A inteligência artificial está transformando o setor jurídico brasileiro de forma acelerada. Segundo pesquisa da Future Market Insights, o mercado global de tecnologia para o setor jurídico deve alcançar US$69,7 bilhões em receita até 2032. Mas como podemos garantir que essa transformação seja não apenas eficiente, mas também segura e confiável?
A resposta pode estar em uma abordagem emprestada da cibersegurança: a estratégia Red Team vs Blue Team.
Esta reflexão tem origem em uma perspicaz observação compartilhada pelo renomado matemático Terence Tao em uma postagem no Mathstodon (link original), onde ele explora como a distinção entre “Red Team” e “Blue Team” - tradicionalmente aplicada em cibersegurança - pode ser estendida para outras disciplinas, incluindo o direito.
Em cibersegurança, existe uma distinção fundamental entre duas funções complementares:
Como explica Tao em sua análise, essas equipes são “duais” por natureza. O Blue Team só é tão forte quanto seu elo mais fraco que será encontrado pelo Red Team, que oferecerá contribuições adicionais - cada vulnerabilidade encontrada adiciona valor ao sistema final.
No contexto jurídico, o Blue Team seria responsável por:
Para 2025, destaca-se o protagonismo da IA preditiva, que já vem sendo amplamente utilizada no campo do Direito, e da IA generativa de texto.
O Red Team jurídico atuaria como:
Seguindo a linha de raciocínio apresentada por Terence Tao em sua reflexão sobre o uso de ferramentas de IA, considerando a natureza atual das ferramentas de IA - que podem ser imprecisas e opacas - posicionar a IA no “Red Team” pode ser mais estratégico.
Você já reparou como o ChatGPT ou outras ferramentas tem a tendência de te agradar?
Como observa Tao: “Muitos dos casos de uso propostos para ferramentas de IA tentam colocar essas ferramentas na categoria ‘blue team’, como criar código, texto, imagens ou argumentos matemáticos de forma semi-automatizada ou automatizada… No entanto, considerando a não confiabilidade e opacidade de tais ferramentas, pode ser melhor colocá-las para trabalhar no ‘red team’, criticando a produção de especialistas humanos do blue team, mas não substituindo diretamente essa produção.”
A abordagem da Advocacia 5.h tem como base a busca por um equilíbrio entre a eficiência proporcionada por ferramentas digitais e um atendimento mais estratégico e personalizado aos clientes.
A estratégia Red Team/Blue Team oferece exatamente esse equilíbrio:
Na ProcStudio IA, aplicamos essa filosofia oferecendo:
O setor jurídico carece de casos práticos envolvendo o uso desta tecnologia, e ainda precisa superar certos desafios envolvendo a inovação, como uma base de dados confiável e de qualidade, conformidade com legislações de proteção de dados.
A abordagem Red Team/Blue Team oferece um framework robusto para implementação responsável de IA no direito. Ao posicionar a IA inicialmente no papel de “crítico” ao invés de “criador”, conseguimos:
A presença da inteligência artificial no direito deixa de ser tendência para se consolidar como parte do presente da advocacia e da Justiça.
O futuro da advocacia não está na substituição do advogado pela IA, mas na colaboração inteligente entre humanos e máquinas. A estratégia Red Team/Blue Team nos mostra o caminho para essa colaboração ser não apenas eficiente, mas também segura, ética e confiável.
Na ProcStudio IA, acreditamos que a inteligência artificial deve amplificar a capacidade humana, não substituí-la. Entre em contato e descubra como implementar uma abordagem Red Team/Blue Team em seu escritório.
Este artigo foi inspirado pela reflexão original de Terence Tao, renomado matemático e professor da UCLA, compartilhada no Mathstodon. A postagem original pode ser acessada em: link original